O "Corpo Seco" é uma assombração cuja lenda é relativamente recente. Teve inicio em meados do séc XX, em São Paulo. "Nem a terra aceita receber as pessoas que maltratam seus pais". Este foi um homem chamado Zé Maximiano, morador do município de Monteiro Lobato, região da Serra da Mantiqueira, conhecido por bater no pai e na mãe.
Dizem que Zé teria sido assassinado, e a família resolveu enterra-lo no cemitério Municipal, só que aconteceu algo que ninguém estava prevendo, ele foi rejeitado pela a sepultura e passou a assombrar o local. Por conta disto, o pessoal da cidade se organizou e resolveu colocar o corpo dele em outro local bem longe e que não atrapalhasse ninguém.
O padre da cidade deu como ideia uma gruta no meio da serra, esta gruta possuía um córrego ainda da sua frente (segundo a crença popular espíritos não atravessam rios). Nessa hora um dos amigos do defunto, Pedro Vicente, encarregou-se de fazer o transporte. O corpo foi colocado em um balaio e, ainda por recomendação do padre, Pedro levou consigo uma vara de marmelo, pois havia risco do morto se rebelar e, nesse caso, o jeito era bater-lhe com a vara. Dito e feito, o Corpo-Seco tentou agarrar o amigo a fim de matá-lo, mas foi repelido com varadas.
Diz o povo que entes como Corpo-Seco agem nas noites de sexta-feira à meia noite. Aparece na beira dos rios e açudes e se alguém aparece, pede para ser transportado para a outra margem. Em troca, promete revelar o esconderijo de um tesouro. Seja no barco ou nas costa do benfeitor, quando está no meio do curso d'água, a assombração começa a pesar e assim, afunda pequenas embarcações ou a pessoa que o carrega nas costas matando sua vítima por afogamento. Outros contam que ele fica nas beiras de estrada observando os viagantes, e quando encontra alguem sozinho caminhando, pega-lhe e o suga do mesmo modo que um vampiro, a razão disto seria a de que ele precise de sangue pra ficar na Terra.
Há ainda relatos do Corpo-Seco nos estados do Paraná, Amazonas, Minas Gerais, em alguns países africanos de língua portuguesa, relatados por soldados brasileiros veteranos da missão UNAVEM III e na região Centro-Oeste do Brasil, principalmente.
Em Ituiutaba, Minas Gerais, há uma variação desta lenda, onde conta-se que o Corpo-Seco, depois de ser repelido pela terra várias vezes, é levado por bombeiros à uma aparente caverna em uma serra que fica ao sul do município. Dizem que quem passa à noite pela estrada de terra que margeia a "serra do Corpo-Seco", consegue ouvir os gritos do Corpo-Seco ecoando de dentro da caverna. Nesta versão a mãe o amaldiçoa antes de morrer, por ter sido usada como cavalo pelo filho.
Aqui tem um curta brasileiro bem legal sobre a lenda.
Vão pela sombra, Equipe Eutanásia.
ResponderExcluirGostei bastante do modo que descreveu a lenda, essa lenda na minha região (MG) é bastante famosa mesmo. Fiz um artigo com essa lenda também se der, dê uma olhada e me diz o que achou:
A Verdadeira Lenda Do Corpo Seco
To seguindo seu site a partir de agora, gostei bastante dos artigos, abraços e continue com o ótimo trabalho!
Você também conta com um ótimo conteúdo, se persistir no trabalho vai longe ^^
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