Já vimos algumas lendas da Indonésia aqui no blog, um país que possui forte memória cultural também possui uma história bem interessante e antiga, a lenda de Katrin Malen, já foi apresentada por outras vezes em diferentes blogs do nicho. Aliás quem nunca viu a foto de Katrin, nem pode ser considerado um amante do terror hahaha, vamos nessa!
Cidade de Santem 1946
Enila, Ceron e Katrin, formavam uma família feliz, moravam
em um humilde sítio, que com o avanço da cidade estava ficando cada vez menor e
a situação financeira deles ficava cada vez pior. Katrin gostava muito de seus
pais, era uma menina encantadora de apenas 11 anos. Brincava sempre sozinha com
os poucos animais da fazenda.
Enila era uma mulher muito justa e batalhadora, sempre
conseguiu manter o equilíbrio na casa, mesmo passando por tantas dificuldades.
Depois de alguns meses a situação começou a se complicar, era época de seca, as
plantações estavam morrendo e a única solução encontrada por Ceron foi vender
um de seus cavalos. Era uma tarde nublada Ceron amarrou o animal numa carroça,
consigo levou algumas armas e pólvora para tentar vender no mercado da cidade.
Katrin pede para que ele traga uma boneca que ela tanta
desejava, pois, seu aniversário estava muito próximo. Muito triste e com pena
de sua filha ele diz que irá tentar realizar o sonho da menina. Várias horas se
passaram, começou a trovejar, Ceron retornava para sua casa. Conseguiu vender
apenas o cavalo, não achou comprador para o restante do material que levava...
Katrin avista seu pai, vindo pela estrada, muito contente e
aguardando ansiosa por seu presente, corre e avisa sua mãe. As duas aguardam na
porta da residência, quando um forte raio cai pelas redondezas, o som do trovão
foi tão forte que fez com que o cavalo se assustasse. Ceron perdeu controle das
rédeas, em pânico o animal tenta fugir, mas continuava preso à carroça. Katrin
e sua mãe tentaram correr para ajudar, mas a carroça vira, uma pequena faísca é
produzida, acidentalmente a pólvora se espalha, causando assim uma enorme
explosão. Ceron gritava muito, seus pedidos de ajuda podiam ser ouvidos à
distância. Mãe e filha nada puderam fazer a não ser assistir a morte dele.
Alguns objetos que estavam na carroça foram arremessados com
a explosão, dentre eles estava a boneca que Katrin tanto desejava. Intacta, a
menina encontra e abraçada ao seu novo brinquedo fica paralisada e parecia não
acreditar que havia perdido seu tão amado pai.
As chamas arderam por mais de uma hora e se alastraram pelo
capim seco, muitas pessoas tentaram ajudar. Nada se salvou a não ser a casa
onde elas moravam. Depois de algum tempo, Enila recebeu uma proposta de venda
daquele local onde queriam construir um grande hospital. Sem pensar muito aceitou.
Compraram uma casa no centro de Santem e com o restante do
dinheiro poderiam viver sossegadas, já que aquele local era muito valioso. Após
a morte de seu pai Katrin passou a ser uma menina triste e ainda mais
solitária, pois pouco falava e nunca mais se separou do último presente que
recebeu dele. Apenas um cachorro foi levado para a casa nova. A mudança foi
difícil para as duas, Katrin sofreu aos prantos entrou em sua nova moradia.
Desde então seus trajes passaram a ser pretos, se fechou
para o mundo. Renegou toda a ajuda que lhe foi oferecida.
Enila preocupava-se e seu único consolo era pensar que tudo
aquilo não passava de uma difícil fase.
Um ano depois...
Katrin, nunca saia de casa, isto fez com que sua pele
ficasse extremamente clara e pálida. Todas as noites, Enila escutava Katrin
conversar com alguém e ao espiar constatava que ela tinha a boneca como melhor
amiga. Numa noite, algo de estranho aconteceu, Katrin chorava muito e chamava
por seu pai.
Pensando em se tratar apenas de mais um sonho, Enila corre
para ver o que estava acontecendo. Assustou-se ao encontrar a boneca suja de
sangue, Katrin continuava a gritar, sua mãe a acalma e depois a questiona sobre
a boneca, sem obter nenhuma resposta recolhe o brinquedo de sua filha e vai
para fora tentar limpar. Quando abriu a porta dos fundos, encontrou o cachorro
morto, seu peito perfurado e com um vazio no local do coração.
Enila ficou apavorada com a cena, num primeiro momento
pensou ter sido obra de algum assaltante ou pessoa mal-intencionada. Katrin
acalma-se e vai dormir.
Devido ao susto, Enila nem se importa com a boneca suja,
limpa e devolve para sua filha. A notícia se espalhou e todos pensavam ser
algum maníaco rondando a vizinhança.
Desde este dia a vida das duas tornou-se atormentadora,
noite após noite, acontecimentos estranhos começaram a ocorrer na humilde casa.
Armários abriam misteriosamente, objetos desapareciam e sons estranhos deixavam
o ambiente aterrorizante. Enila não sabia mais o que fazer, sua única saída foi
pedir para que sua irmã e sobrinha viessem ficar por um tempo na casa delas,
pois com mais pessoas elas ficariam seguras.
Por dois meses a situação ficou calma.
O ano já era início do ano de 1947, o novo hospital da
cidade iria inaugurar, muita expectativa rondava aquele povo, pois grande
tecnologia foi utilizada naquele local. Katrin continuava sendo a mesma menina
calada e séria de sempre, nunca havia falado mais do que duas palavras com sua
prima Malina, que tinha a mesma idade.
Malina sempre quis brincar com a boneca de Katrin, mas
sempre foi rejeitada por ela. Num domingo, todas vão dormir logo cedo. No meio
da noite Enila sente um cheiro de fumaça, se levanta e depara-se com sua
cozinha em chamas. Todos os vizinhos acordam e correm para ajudá-la. Próximo a
porta de saída encontram a boneca de Katrin, levemente queimada, mas sem
grandes estragos. Enila estranha e decide jogar o brinquedo fora.
Após passar o susto, todos voltam a dormir.
No dia seguinte, Enila encontra Katrin dormindo com a boneca
que ela tinha jogado fora.
Enila cala-se e começa a desconfiar de sua filha, pois ela
era perturbada e misteriosa. Em um dia que Katrin estava em outro cômodo da
casa, Malina pega a boneca de sua prima e começa a brincar. Katrin retorna e
encontra sua prima com a boneca. Revoltada, pela primeira diz uma única frase.
"- Você irá se arrepender por isso!" Malina solta o brinquedo e vai
de encontro à sua mãe.
Naquela noite daquele mesmo dia, novos acontecimentos
estranhos tiveram início desta vez quem gritava muito era Malina que dormia no
mesmo quarto que Katrin. Enila e sua irmã correm para ver o que estava
acontecendo. O choque foi grande ao ver Malina morta e também com um buraco em
seu peito. O olhar de Katrin era intenso, ficou parada em pé com a boneca em
sua mão direita olhando para o corpo da menina. Suas mãos estavam sujas de
sangue assim como a boneca. Enila não conseguia acreditar que sua filha havia
matado sua própria prima. Espanca a menina, que não teve nenhuma reação.
Katrin permaneceu dois meses acorrentada na cama, até que o
novo hospital fosse aberto ao público. A mãe de Malina foi embora e nunca mais
deu qualquer notícia.
Enila chorava muito, mas internar Katrin era a única
solução. A boneca foi mais uma vez retirada das mãos da menina. Já internada no
hospital, Katrin recusava-se a usar as roupas dos internos e continuava com
seus trajes pretos.
Mais um mês se passou. Katrin estava piorando a cada dia,
queria de qualquer forma sua boneca de volta. Os médicos acharam melhor que ela
tivesse seu desejo realizado. Enila assim o fez, no dia da visita quis entregar
pessoalmente e ficar a sós com ela. Depois de uma hora, os médicos acharam
estranho o silêncio e a demora, abriram a porta da sala:
Katrin havia matado sua própria mãe e com as próprias unhas
arrancou seu coração e comia como se fosse um saboroso doce.
Os médicos ficaram abismados com o que viram. Katrin foi
novamente amarrada e sedada.
A notícia se espalhou, todos na cidade temiam a menina e
principalmente sua boneca, pois muitos acreditavam ser um objeto amaldiçoado.
Mais dois meses se passou, a aparência de Katrin era horrível, com muitas
olheiras, cabelos negros e compridos. Os médicos e enfermeiras a temiam, eram
poucos os que chegavam perto dela.
Toda a equipe achou por bem retirar novamente a boneca de
suas mãos. Neste dia a situação se complicou. Katrin dava gritos, e negava-se a
entregar seu brinquedo. Mesmo lutando, a boneca foi levada para o incinerador.
No exato momento em que foi jogada no fogo o prédio do hospital também começa a
arder em chamas.
Em segundos o fogo se alastrou, a ala das crianças foi
atingida, ninguém conseguiu fazer nada. Centenas de pessoas morreram naquele
dia.
Katrin também foi carbonizada, poucos se salvaram.
Mesmo com a grande tragédia, muitos se alegraram ao saber
que Katrin havia morrido, pois assim davam por encerrada as ações macabras
daquela menina.
Indonésia 1948
Após uma intensa reforma, o hospital infantil de Santem,
iria ser reaberto. Passou por um forte incêndio no ano anterior, cujas causas
até hoje são desconhecidas. Kur Hants, um conceituado fotógrafo alemão, entrou
sozinho no prédio para registrar as mudanças do local e fazer uma matéria sobre
a renovação do prédio após a tragédia. Caminhou por vários andares, mas ao
chegar ao último sentiu algo estranho, estava frio e sentia como se algo o
observasse, mesmo com maus pressentimentos continuou seu trabalho.
Ao focar sua câmera para uma das portas que davam acesso à
ala psiquiátrica, notou uma mancha na lente da câmera, ao limpá-la percebeu que
não havia nada ali. Ele movimentava seu equipamento, e a sombra parecia imóvel.
Kur nunca havia passado por isso, pensou se tratar de alguma brincadeira,
continuou a fotografar. Quando estranhos barulhos, que se assemelhavam de uma
menina se debatendo contra a porta, começaram a ficar intensos, Kur correu
pensando ser alguém em apuros.
Kur abriu a porta, algo violentamente atravessou seu peito,
perfurando seu coração. A câmera caiu e por muita sorte não se danificou.
Um amigo de Kur, estranha a demora de seu amigo, ao procurar
por todos os andares do hospital, encontra sua câmera caída e logo em seguida
seu corpo, com uma grande perfuração no peito. As fotos de Kur são reveladas,
mas o temor foi enorme ao constatarem a presença de uma menina vestida de preto
na foto. Muitos estudiosos se interessaram pelo assunto e acabaram loucos e
internados em clínicas e hospitais onde juram ver a mesma menina da foto.
Os moradores de Santem, afirmam que o espírito de Katrin
ainda vive. A ala onde ela foi internada acabou sendo desativada. A lenda de
Katrin espalhou-se pelo mundo, sua foto foi julgada como montagem e a
verdadeira história desapareceu com o passar dos anos. O único mistério não
revelado e nunca descoberto, foi o poder que sua boneca exercia, mas ela nunca
passou de um simples brinquedo. Katrin era má e a morte de seu pai fez com que
nela brotasse poderes psíquicos que eram capazes de alterar o curso natural da
vida.
Seu espírito permanece imortalizado em sua única foto,
Katrin ainda vive na mente das pessoas que a observam por muito tempo.
Vão pela sombra, Equipe Eutanásia.
Sempre tive muitos arrepios com essa foto. Desde quando vi naquele site...acho que chamava macabro ou coisa assim.. Só lembro que todo mundo que queria ver tragedia e coisa bizarra há uns 8 anos atras ia lá. ksksksksks
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