Havia um jogo antigo que meu irmão mais velho e eu adorávamos jogar no Sega Genesis. Os anos se passaram - mas eu ainda podia me lembrar dos gráficos e dos áudios claramente.
Não me lembrava do nome do jogo propriamente, então resolvi procurar no Google por "jogos de primeira pessoa do Sega Genesis", e após alguns minutos achei o jogo. Se chamava BloodShot. A história a seguir é real, e você pode até procurar pelo jogo para checar a autenticidade (diferente de muitos outros que só dizem ser reais).
Era uma noite entediante em casa, vivo com dois irmãos e meu pai, que estava trabalhando de noite e meus irmãos na casa de amigos. Resolvi jogar alguns jogos antigos do Sega Genesis no emulador do meu irmão. Nenhum jogo durava mais que dois minutos, e foi aí que lembrei de Bloodshot. Procurei na pasta e estranhei não tê-lo achado. Decidi baixar e foi bem fácil. O único problema é que travou aos 92%, e isso foi bem frustrante. de qualquer modo fui até a pasta para onde o jogo seria direcionado e resolvi abrir de qualquer jeito, mesmo sabendo que seria impedindo por avisos de que o arquivo estava incompleto.
Funcionou, não sei como e porque, mas funcionou. Tudo apareceu como de costume, os gráficos, os áudios e tudo mais. Levei um tempo até me acostumar com os controles mas finalmente peguei o jeito. As coisas só ficaram estranhas quando eu abri a porta para entrar na primeira fase e já havia outro avatar pegando as armas e munições. Eu achei realmente estranho porque não lembro dessa função de aliado do jogo, e eu também não estava no modo para dois jogadores e esse jogo é um fóssil; não tem modo online, obviamente.
Me convenci que deveria ser uma modificação do jogo que me desse um aliado e prossegui jogando. Eu apenas segui ele conforme ele matava todos os inimigos e pegava todos os itens, deixando quase nada para mim. Chegamos ao chefe e ele exterminou-o sozinho. Voltamos correndo (quando o chefe morre a fase começa a explodir, então deve-se voltar até o começo). Na segunda fase ficamos parados diante da primeira porta.
Foi ai que eu estranhei meu companheiro. Ele se virou para mim e esperou que eu passasse, então eu fui. Eventualmente, percebi que estava quase morrendo e estive lutando sozinho. Quando me virei para olhar, ele estava correndo contra as paredes até achar uma porta escondida, onde havia uma arma secreta.
Foi ai que percebi que ele estava agindo como um humano, e não como um programa.Prosseguimos na fase e eu notei a falta de algumas paredes (estavam somente invisíveis, ainda funcionavam como paredes), e quando corria até elas para atravessar, o jogo travava. Reiniciei e prossegui da terceira fase, e quando a contagem se iniciou para o começo da fase, percebi que meu aliado vinha correndo da fase que já estava explodindo.
Chegamos até a quarta fase, e ao que aparentava, enquanto mais longe o level, menos paredes e texturas existiam. Antes de atravessar a porta da quarta fase, ele me deu alguns tiros e se virou, esperando que eu abrisse a porta. Foi se como ele estivesse me xingando por tê-lo abandonado na segunda fase. Quando atirei de volta nele, ele não fez nada.
Após derrotarmos o chefe, a fase não começou a se destruir, então percebi que meu aliado estava correndo pela fase até atrás do chefe morto, para achar outra porta secreta. Atrás dessa porta, havia o avatar de um humano. Não um robô como todos os outros, era um humano.
O meu aliado se juntou ao humano e os dois andaram até mim, até que a tela ficou vermelha como quando se morre e o barulho de tiro se estendeu em um estrondo longo demais. Então eu surgi de novo em uma fase enorme, mas não haviam inimigo, nem armas, nem minas, mas havia um som de tiros ao longe.
Deixei o computador ligado, mas com o jogo pausado. Ele sai do pause sozinho de vez em quando e eu escuto os barulhos do jogo, já que deixei as caixas de som ligadas. Quando me levanto para pausar de novo, vejo um vulto fugir para um canto da dela no exato momento em que eu olho, mas nunca consigo ver o que é. Continuo achando que existe algo me observando.
Vão pela sombra, Equipe Eutanásia.
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