História de Auschwitz e o Campo da Morte de Birkenau

1 Comentario
Portão 1 de Auschwitz com os dizeres "O Trabalho Liberta"

Durante o genocídio efetuado pelo o Terceiro Reich, dezenas de terras foram anexadas como campos de concentração, em 1940, nos subúrbios de Oswiecim, uma cidade polonesa foi tomada por nazistas, depois de alguns dias seu nome foi mudado para Auschwitz, que também se tornou o nome de Konzentrationslager Auschwitz.

A principal razão pra este ato, foi o aumento significativo de prisões de poloneses, chegou uma hora que não havia mais espaço para deixar os prisioneiros, Auschwitz, que já era o maior campo de concentração, a partir da década de 40, se tornou um campo de extermínio.


O campo de concentração era enorme, até porque era um cidade inteira tomada. Para facilitar o trabalho os oficiais decidiram dividir ele em partes. O primeiro pedaço dividido ficou conhecido como "palco principal", nos livros de história conhecido como "Auschwitz I" que contava com nada mais do que 17.000 presos, que ficavam espalhados dentro dos antigos prédios habitacionais. Os 'guetos' poloneses se tornavam cada vez mais conhecidos e populosos.

Campo de Birkenau, conhecido como Auschwitz II

O segundo pedaço era o campo de Birkenau, que obteve mais de 90.000 pessoas aprisionadas até 1944, em pouco tempo, ficou conhecido como "Auschwitz II", sendo a maior parte do complexo de Auschwitz. Os nazistas começaram a construção deste campo em 1941 perto do vilarejo de Brzezinka, que ficava a três quilômetros de Oswiecin. A maior parte dos extermínios aconteceu em Birkenau.

Mais de 40 sub-campos, explorando os prisioneiros como trabalhadores escravos, foram fundadas, principalmente em vários tipos de industrias alemães e fazendas, entre 1942 e 1944. O maior deles foi chamado Buna, que continha um grande fabrica de borracha. Sozinha a fabrica demandava mais de 10.000 escravos, não demorou muito e o território envolta da fabrica se tornou outro grande gueto, conhecido agora como "Auschwitz III".

Buba-Werle vista por cima, no canto esq. há alojamentos de prisioneiros

Os alemães envolveram todos estes campos com cercas, e as regiões entre eles foram adicionadas dentro de muros, o Interessengebiet, era o pedaço de terra entre os campos, eram pedaços com absolutamente nenhuma vida, e que, somente a patrulha da SS poderia andar. Dentro desta área, com o tempo, foram construídos bairros de família de oficiais, e outras fabricas bélicas que usavam de força escrava para produzir armamentos/mantimentos, como foi no caso dos sub-campos de Buna.

Siemens usando mão-de-obra escrava em 1944

A maioria do escalão da SS ficava em Auschwitz I, por isso que para todos os oficiais este era considerado o campo mais importante. Mas foi só em Birkenau, que a fama horrenda dos nazistas foi construída. O maior campo de concentração detinha o maior numero de judeus exterminados.

Em Birkenau, existia um pedaço denominado judemramp -rampa dos judeus- que era a forma de dar as 'boas-vindas' ao campo, os judeus assim que saiam dos trens abarrotados de prisioneiros, eram postos em filas extensas, aonde outros judeus escolhiam os homens que poderiam ser usados nas fabricas, o que sobrava, os velhos, mulheres e crianças, continuavam na fila para os 'chuveiros coletivos', tudo isso para manter-los limpos sem piolhos, não é? 

Não, era só isso que os Sonderkommandos, falavam para as pessoas na fila. Estes comandados, eram não-oficiais, mas precisamente judeus obrigados a fazerem esta triagem horrível. Durante as filas eles diziam estas palavras para tentar confortar as familias que eram separadas.

Judemramp, todos na foto, condenados as camarás de gás

E a mentirinha continuava até as salas 'pré-banho', aonde todos deveriam tirar as roupas para tomar um banho coletivo. Nessa hora, surgia um dos grandes comandantes da SS, o trabalho dele era explicar a razão pela a qual, todos deveriam tirar as suas roupas. O comandante Obersturmführer Franz Hössler, discursava mais ou menos isto, para os judeus condenados a morte:

Em nome da administração do campo eu lhes dou as boas-vindas. Isto não é uma colônia de férias mas um campo de trabalho. Assim como nossos soldados arriscam suas vidas na frente de combate para conquistar a vitória para o Terceiro Reich, vocês terão que trabalhar aqui para o bem-estar de uma nova Europa. Como vocês irão desempenhar essa tarefa depende apenas de vocês. A chance existe para cada um de vocês. Vamos cuidar de sua saúde e também ofereceremos trabalho bem pago. Após a guerra, vamos avaliar todos de acordo com os seus méritos e tratá-lo adequadamente. 
Agora, por favor tirem suas roupas. Pendurem as roupas nos cabides que nós providenciamos e por favor lembrem-se de seu número (no cabide). Depois de seu banho haverá uma tigela de sopa e café e chá para todos. Oh sim, antes que eu me esqueça, depois do banho por favor tenham seus certificados, diplomas, boletins escolares e outros documentos à mão, para que possamos empregar todos de acordo com seu treinamento e habilidade. 
Os diabéticos que não podem consumir açúcar comuniquem ao pessoal de serviço após o banho.

Confortados com seu destino promissor, eles seguiam para dentro das camarás de gás, as camarás de fato tinham chuveiros, mas estes não soltavam uma gota de água. Quando todos já estavam acomodados na camará, os Sonderkommandos jogavam pastilhas de cianeto lá dentro, as pessoas morriam aos poucos, demorava cerca de 20 minutos para que se tivesse certeza que todos haviam morrido, enquanto isso os gritos de dor eram ouvidos no campo. Os oficiais nazistas até colocavam motores perto desses 'chuveiros', tudo isto para disfarçar o barulho.

Quando o 'banho' havia acabado, se levavas os corpos para serem cremados, após isso, os sonderkommandos eram obrigados a procurar no meio das pilhas de mortos queimados, resquícios de ouro, ou joias que foram engolidas.

Sonderkommandos cremando os corpos em ambientes abertos

Birkenau trabalhou em sua capacidade máxima entre Abril e Julho de 1944, período conhecido como "O Massacre dos Judeus Húngaros", pois foi no período em que a Alemanha invadiu a Hungria e exterminou mais da metade da comunidade judia húngara. Cerca de 475 mil pessoas foram mortas neste periodo apenas em Birkenau, eles exterminavam um pouco mais de 12.000 por dia. Eram tantos corpos para serem cremados, que começaram a crema-los em espaço aberto, não se importando mais com a sutileza dos campos, sua fama já havia sido alcançada, não adiantava mais tentar esconde-la.

Vão pela sombra, Equipe Eutanásia.  

#Compartilhar: Facebook Twitter Google+ Linkedin Technorati Digg

Um comentário:

  1. Muito bom o post, ele foi "conhecimento puro"!!! Me imaginei estando no lugar dos que morriam nos "banheiros"...

    ResponderExcluir

Não serão aceitos comentários com conteúdo: racista, homofóbico, preconceituoso, maldoso, ou de qualquer índole duvidosa que possam a infringir ou ferir a moral de qualquer um.

Se por acaso o comentário é sobre alguma duvida com relação a postagem, tenha CERTEZA de que está duvida não esteja transcrita na postagem. Ficaremos contentes em tentar responde-lá.

Todas as afirmações contidas nos comentários são de responsabilidade do comentador, o blog Eutanásia Mental, não tem obrigação nenhuma sobre qualquer ato ofensivo nos comentários.

Tudo bem errar uma palavra ou outra, esquecer de algum acento também esta beleza. Agora se escrever tudo errado e não ser possível entender um nada, o comentário não será liberado.

Obrigado pela atenção. Comente e faça um blogueiro feliz :-)