Parece que há um longo caminho adiante, até chegar em casa. A estrada parece que não para de se estender a frente do veículo. A luz do farol do carro brilha através dos ramos das altas árvores verdes, e de vez em quando, ofensivamente refletindo a luz em seus olhos.
O ambiente estava cheio de árvores verdes profundas, formando uma floresta em torno da estrada. O único som era do motor do carro. Um som tranquilo que deixava um sentimento sereno.Embora o passeio parecia estar indo bem, os dois passageiros estavam com um pouco de medo.
A mulher de meia-idade atrás do volante tinha o cabelo curto e castanho que combinam perfeitamente com seu rosto. Ela usava uma camiseta verde de gola V e uma calça masculina. Brincos de diamantes decorado em cada uma de suas orelhas, que estavam bem discretos por causa do seu corte de cabelo que os cobriam. Ela tinha os olhos profundamente verdes da mesma intensidade de sua camisa, e a iluminação parecia torná-los mais visíveis. Embora ela estivesse sempre sorrindo, sua expressão facial era sombria e triste.
De vez em quando ela olha pelo espelho retrovisor para certificar seu filho no banco de trás, que estava parcialmente debruçado sobre seus próprios braços, e sua cabeça encostada contra a janela fria. O menino não tinha uma aparência normal, qualquer um a primeira vista poderia notar que ele tem algo suavemente errado. Seu cabelo castanho bagunçado para todos os lados, e sua pele pálida, quase cinza.
Muito diferente de sua mãe, seus olhos eram escuros, e ele usava uma camisa longa e branca que o hospital onde ele estava fornecei pra ele. As roupas que ele estava usando antes, estavam muito rasgadas e com várias manchas sangue, essa roupa realmente não poderia ser mais usadas. No lado direito de seu rosto é possível ver alguns cortes juntamente a divisão de suas sobrancelhas. Seu braço direito estava enfaixado do pulso ao ombro, devido a estilhaços de vidros que atingiu seu braço.
Seus ferimentos pareciam ser doloroso, quando na verdade ele não conseguia sentir nada. Ele nunca pode sentir nada. Essa é apenas uma das glórias sobre ele. Quando pequeno ele sofreu de uma rara doença que o levou a ser completamente insensível diante da dor. Ele nunca sequer chorou com algum machucado. Ele poderia ter perdido um braço e que não sentiria nada. Pode até parecer legal, mas devido a isso ele sofria transtorno psicológico, ele recebeu vários apelidos insultantes em curto espaço de tempo quando ele frequentava o primário, antes dele ser transferido para a um centro de tratamento devido a sua síndrome de Tourette, que levava ele a ter tique nervosos de maneira que ele não podia controlar. Ele iria acabar quebrando seu próprio pescoço se continuasse se contorcendo incontrolavelmente com esses tique nervosos. As crianças que o provocavam chamando ele de Tique-Toby zombando dos seus espasmos exagerados. Então ele também começou a ter aulas particulares. Era muito difícil para ele estar em um ambiente de aprendizagem normal com crianças o perturbando.
Toby olhou fixamente para fora da janela do carro, seu rosto estava inexpressivo. Toby Rogers era o nome do menino. E a última vez Toby se lembrava de ter andado de carro, foi quando aconteceu um acidente horrível.
Ele não se lembra de muita coisa. Inconscientemente as mesmas cenas se repetiam na sua mente antes de desmaiar outra vez. Toby tinha sido o sortudo, enquanto sua irmã, ela não teve tanta sorte. Quando ele começou a pensar em sua irmã mais velha, e que ele não podia voltar no tempo para ajudá-la, seus olhos começam a lacrimejar. As memórias horríveis repetiam em sua mente. As memórias dele abrindo seus olhos e vendo sua irmã gritando de dor, seu corpo meio esmagada pelo carro, Toby estava pressionado contra o Air Bag do carro, sua testa perfurada de cacos de vidros e suas pernas e quadris imóveis. Esta foi a última coisa que ele se lembrava de sua irmã mais velha querida.
O caminho para casa continuou parecendo durar uma eternidade. A viagem estava demorando por que sua mãe estava fazendo um caminho diferente para evitar passar na estrada onde aconteceu aquele acidente.
Finalmente o carro chegou no bairro de sua casa, e ambos estavam mais do que pronto para sair do carro e voltar para sua própria casa.
Era um bairro mais antigo, com casinhas pitorescas, todas próximas umas das outras. O carro passou em frente a uma pequena casa azul, com vidros das janelas brancas. Ambos rapidamente reconheceram o veículo velho que estava estacionado na frente daquela casa, também reconheceram o homem que estava parado na porta.
Toby sentiu raiva e frustração automática ao reconhecer seu pai. Seu pai, que não estava nos momentos que ele mais precisava.
Sua mãe estacionou o carro na garagem ao lado da casa, ela desligou o motor e se preparava para sair do carro e enfrentar o marido.
- Por que ele está aqui? - Toby disse calmamente enquanto ele olhava para sua mãe, que chegou a abrir a porta do carro.
- Ele é seu pai Toby, ele está aqui porque quer te ver - Sua mãe respondeu com uma voz monótona.
- Por que ele quer me ver? Por que ele não foi me ver no hospital? Por que ele não foi ver minha irmã, Lyra antes de morrer - Toby estreitou os olhos para fora da janela.
- Ele estava bêbado naquela noite querido, ele não podia dirigir.
- Ah Sim, ele está sempre bêbado! - Toby abriu a porta antes de sua mãe e saiu cambaleando na calçada, ele entrou na casa ignorando seu pai que estava de cabeça baixa, seu pais estavam com uma expressão triste, se sentindo culpado com o que aconteceu.
Seu pai abriu os braços, esperando um abraço de sua esposa, mas ela também o ignorou, passando reto pra dentro da casa apoiando seu filho para que ele pudesse caminhar sem cambalear. - Connie - o marido começou a dizer com uma voz rouca: "Eu não ganho nenhum abraço de boas-vindas né?"
Ela ignorou as palavras desagradáveis do seu marido e continuo caminhado com seu filho apoiado em seus braços.
- Ei, ele já tem 16 anos ele já sabe andar sozinho, disse o pai, seguindo eles dentro de casa.
- Ele tem 17 anos – Disse sua esposa Connie - Toby, por que não vai para seu quarto descansar um pouco? Quando o jantar estiver pronto eu levo pra você.
- Não, eu já tenho 16 anos e eu posso pegar sozinho mãe - disse Toby, sarcasticamente, olhando revoltado para seu pai, ele subiu as escadas para seu quarto, onde ele bateu a porta com violência.
Seu pequeno quarto não tinha muita coisa nele. Apenas uma pequena cama, uma cômoda, uma janela e nas paredes tinham algumas fotos emolduradas de sua família, quando eles ainda eram uma família, antes que seu pai se tornasse alcoólatra e começasse a agir com violência para o resto de sua família. Toby se lembrou de quando ele estava discutindo com sua mãe e ele agarrou ela pelos cabelos e a empurrou para o chão, e quando sua irmã Lyra tentou segura-lo, ele também empurrou e ela fazendo-a bater as costas para no canto do balcão da cozinha. Toby nunca poderia perdoá-lo pelo que ele fez com sua mãe e irmã. Nunca.
Toby estava perto da janela e olhando para a rua. Ele podia jurar que ele via alguns vultos no canto do olho, mas também pensava que era coisa de sua cabeça depois de ter tomado várias medicações a pouco tempo.
Sua mãe o chamou para descer e jantar, Toby desceu as escadas rapidamente, sentou-se à mesa bem de frente a seu pai, do seu lado esquerdo sua mãe estava sentada e do lado direito uma cadeira vazia a qual antes sua irmã ocupava.
A comida estava servida na mesa, uma maravilhoso banquete, mas Toby se recusou a comer. Ele apenas observava seu pai com um olhar vazio. Ele também encarava Toby e desviava seu olhar para seu prato, que ele ao menos tocou. Então ele se retirou da mesa e voltou para seu quarto.
Toby deitou-se em sua cama, ele puxou as cobertas sobre a cabeça e olhou para janela. Ele estava cansado, mas de maneira alguma ele conseguia dormir. Ele não podia, não havia muito o que pensar. Ele não sabia se deveria fazer como sua mãe e perdoar por suas ações ou continuar guardando rancor com seu ódio fervente.
Ele ouviu o som da porta sendo aberta, sua mãe caminhou para cama dele sentou-se ao lado onde ele estava deitado, ela estendeu a mão e esfregou em suas costas.
- Eu sei que é difícil Toby, mas confie em mim, eu te entendo, mas eu prometo que tudo vai melhorar - disse ela em voz baixa.
- Quando é que ele vai embora? - Toby disse com um tom inocente em sua voz trêmula. Connie abaixou a cabeça e respondeu:
- Eu não sei querido, ele vai ficar conosco, até quando eu não sei.
Toby não respondeu. Ele apenas continuou a olhar para a frente para a parede, segurando seu braço danificado perto de seu peito.
Depois de alguns minutos de silêncio, sua mãe suspirou, inclinou-se para dar um beijo em seu rosto e se levantou, enquanto fechava a porta ela disse
- Boa noite querido.
As horas passavam lentamente, e Toby não conseguia parar se mexer e revirar pela cama. Toda vez que ele estava pegando no sono, ele ouvia o barulho de pneus, os gritos de sua irmã, e ele incontrolavelmente se contorcia na cama de agonia.
Então ele jogou pra fora da cama as cobertas e virou seu rosto para baixo contra o travesseiro. Ele sentia seu peito se enchendo com a força que seu diafragma fazia enquanto ele chorava. Ele ouvia seu próprio choro. Ele pressionou ainda mais seu rosto enquanto gritava lamentando tudo que estava acontecendo.
Após alguns segundos, ele jogou o travesseiro pra fora da cama também e sentou-se, curvado, segurando a cabeça, com lágrimas escorrendo de seus olhos. Ele não conseguia parar de chorar, tentou se acalmar, mas não conseguia parar de tremer, se lamentar e choramingar. Então ele se levantou caminhando para janela do seu quarto, respirando fundo tentando se acalmar.
Ele esfregou os olhos e olhou para os altos pinheiros em frente. De repente ele parou de chorar, quando ele viu que algo que estava sob um poste de luz na rua. Ele ouvia um zumbido nos ouvidos e ele não conseguia desviar o olhar.
A figura estava ao lado do poste de luz na rua, cerca de 2 metros ou até mais, dois braços longos e algumas espécies de tentáculos em suas costas, aquela figura estava olhando para Toby, mesmo que aquilo não tinha olhos. A figura não tinha as características normais em seu rosto. Sem olhos, sem boca, sem nariz, ainda sim Toby ficou meio que hipnotizado olhando sem piscar para ele. O zumbido nos ouvidos ficou mais alto e mais alto a medida que aquela coisa se aproximava, então tudo ficou escuro.
Na manhã seguinte, Toby acordou em sua cama. Ele se sentia estranho, ele ainda estava muito cansado, parecia que ele estava deitado ali, acordado por horas. Ele não tinha pensamentos sólidos fluindo por sua mente. Ele se sentou lentamente e tropeçou contra a parede quando tentou se levantar, ele estava muito tonto. Ele cambaleou até a porta e desceu as escadas. Seus pais estavam sentados à mesa, seu pai prestava atenção na pequena televisão em cima do balcão, e sua mãe lia o jornal. Ela rapidamente percebeu a presença de Toby se aproximando dela.
- Bom dia dorminhoco, pelo jeito você dormiu tarde de novo. – Disse ela com um grande sorriso no rosto.
Toby lentamente olhou para o relógio e percebeu que já eram 12:30
- Eu preparei seu café da manhã, mas como você não acordou cedo, ele já esfriou, eu até ia te acordar, mas vi que você precisava dormir - a expressão de felicidade saiu do seu rosto quando ela perguntou a Toby. - Você está bem?
Toby caminhou até seu pai. Ele se sentiu como se estivesse sendo controlado, ele não tinha controle sobre suas ações. Ele só conseguia olhar, enquanto seu corpo agia involuntariamente. Ele abriu os braços como se fosse abraçar seu pai, mas seu pai ergueu as mãos empurrando ele contra a parede.
- Não me toque menino! - Gritou ele. Sua mãe se levantou e gritou:
- Não encoste no meu filho! Saia dessa casa! A última coisa que precisamos é de você por perto!
O pai dele saiu, mas voltou mais tarde naquele dia, como se nada tivesse acontecido. Os dias se passaram, e as coisas continuaram da mesma forma. Connie passava a maior parte de seu tempo a limpeza da casa, e seu grosseiro marido só resmungava por tudo, todo dia eles discutiam. Era exatamente como costumava ser antes do acidente.
Toby evitava sair do seu quarto. Sentava-se ao lado da cama estremecendo. Só saia de lá quando sua mente o lembrava de comer. Ele ficava andando pelo seu quarto como um animal enjaulado parava um pouco e olhava pela janela. Este ciclo se repetia continuamente. Connie era agredida várias vezes por seu marido, sendo muito submissa a ele, enquanto Toby ficava em seu quarto.
Em uma dessas tardes, Toby teve mas uns de seus tique nervosos, e sem pesar direito ele começou a mastigar suas mãos, rasgando a carne de seus dedos. Ele iria roer suas mãos até sangrarem. Nesse momento sua mãe entrou no quarto e viu essa cena horrível, a primeiro momento ela não sabia o que fazer. Então ela desceu as escadas e pegou o kit de primeiros socorros e enfaixou seu braço. Nesse momento ela prometeu a si mesma que não deixaria ele sozinho novamente.
Então ele se isolou novamente em seu quarto e passou a odiar todas pessoas que tentavam se aproximar dele. Sua memória começou a ser afetada. Ele não se lembrava de coisas que havia acontecido há alguns segundos, minutos, horas, dias e assim por diante. Ele também começou a falar um monte de bobagens, sobre coisas completamente absurdas. Ele dizia ver coisas, disse haver tubarões em sua na pia enquanto lavava os pratos, ouvia grilos em seus travesseiros, e via fantasmas do lado de fora da janela do seu quarto.
Sua mãe ficou muito preocupada com sua saúde mental, ela decidiu que seria bom leva-lo para falar com um profissional sobre o que ele estava sentindo.
Connie e Toby entraram no edifício, segurando sua mão ela guiou seu filho até a recepção.
- Sra. Rogers? - A moça atrás do balcão perguntou.
-
Sim, sou eu - Connie balançou a cabeça - Estamos aqui para ver o doutor Oliver, eu estou aqui com Toby Rogers.
- Sim, por aqui – Disse a atendente levantando-se e acompanhado Connie e Toby para um longo corredor. Toby olhava para a obras de arte emolduradas pelos corredores e em sintonia com o som dos saltos altos da senhora no chão de madeira dura. Ela abriu a porta para uma sala com uma mesa e duas cadeiras.
- Podem se sentar e ficar à vontade, vou chamar a Dr. Oliver - Ela sorriu e segurou a porta aberta.
Toby caminhou na sala e sentou-se à mesa. Ele olhou para sua mãe e para moça do balcão antes dela fechar a porta lentamente.
Ele estava agoniado com suas mãos firmemente enfaixadas, então começou a morder as ataduras para tentar desembrulhar suas mãos, mas foi interrompido quando a porta se abriu e uma jovem mulher com um longo vestido preto e branco, e grandes cabelos loiros, ela segurava uma prancheta e uma caneta.
- Você que é o jovem Toby? – perguntou ela com um sorriso.
Toby olhou para ela e balançou a cabeça.
- Prazer em conhecê-lo Toby, meu nome é Doutora Oliver - ela estendeu a mão para cumprimentá-lo, mas percebeu que suas mãos enfaixadas. Então ela puxou uma cadeira, sentando a frente dele.
- Então, vou te fazer algumas perguntas, pode responder com calma, e da forma mais honesta possível, ok? - Ela colocou a prancheta em cima da mesa e Toby acenou com a cabeça.
- Quantos anos você tem Toby?
- 17 – respondeu ele calmamente.
Ela fez uma pequena anotação na folha e fez a próxima pergunta.
- Qual é seu nome completo?
- Toby Erin Rogers.
- Qual a data do seu aniversário?
- 28 de abril.
- Quem são os membros da sua família atualmente?
Toby parou por um minuto antes de responder a pergunta.
- Minha mãe, meu pai, e ... M- minha irmã.
- Eu soube o que aconteceu com sua irmã ... Eu realmente sinto muito - a expressão do rosto da Dra. Oliver foi entristecendo, olhando Toby cheio de compaixão.
- Você se lembra de algo antes do acidente? - Toby desviou o olhar para sala. Sua mente ficou em branco por um momento. Ele olhou para seu colo, e em torno, ele começou a ouvir um som fraco. Seus olhos se arregalaram e ele ficou congelado em seu lugar.
- Toby, Toby você está ouvindo? – perguntou Dra. Oliver.
Toby sentiu um arrepio descer pela sua espinha quando ele olhou para fora da pequena janela através da porta, onde ele viu. Aquela mesma figura, olhando para ele. Toby arregalou os olhos, os sons dos ruídos foram aumentando cada vez mais, até que o grito da doutora fez que Toby acordasse desse transe.
- Toby! - Ela gritou.
Toby deu um pulo que até ela caiu de sua cadeira.
Doutora Oliver levantou-se, segurando prancheta contra o peito. Seus olhos expressavam um olhar de surpresa e medo.
Após um tempo, Toby se acalmou, seus olhos relaxaram e sua respiração já não era ofegante.
Naquela noite, Toby deitou em sua cama. Seus olhos se fechavam lentamente enquanto ele pegava no sono. Quando ouviu um som de passos vindo do corredor. Ele se sentou na cama, olhando para porta aberta. Não havia luz, tudo estava sendo iluminado pelo brilho azul luminescente da lua através de sua janela, deixando uma iluminação fria. Ele se levantou e caminhou lentamente em direção à porta, quando se aproximou da porta, ela se fechou bruscamente, batendo a porta em seu rosto. Ele suspirou e caiu para trás. Ele caiu no chão e começou a respirar pesadamente, seus olhos estavam bem abertos. Ele esperou por alguns segundos antes de se levantar. Ele estendeu a mão e agarrou a maçaneta da porta fria com a mão ainda enfaixada então abriu a porta. Ele olhou para o corredor escuro e foi caminhando silenciosamente.
A janela no final do corredor iluminou a escuridão com a luz da lua azul. Ele podia ouvir os passos farfalhando ao redor dele, e também ouviu um fraco riso, suava como uma criança tinha corrido na frente dele, rindo e correndo por ali. Ele estava caminhando ha algum tempo pelo corredor, quando ele percebeu. Parecia que aquele corredor não havia fim. Ele ouviu um rangido da porta a sua frente.
- M- mamãe - ele disse em voz trêmula.
De repente, a porta atrás dele se fechou ele deu um pulo assustador se virou onde viu que a porta foi fechada. Atrás dele, ele ouviu um gemido estranho e longo que soava como cochichos do lado direito do seu ouvido. Ele se virou tão rápido quanto pode para ficar cara a cara com nada mais que, sua irmã morta.
Seus ferimentos pareciam ser doloroso, quando na verdade ele não conseguia sentir nada. Ele nunca pode sentir nada. Essa é apenas uma das glórias sobre ele. Quando pequeno ele sofreu de uma rara doença que o levou a ser completamente insensível diante da dor. Ele nunca sequer chorou com algum machucado. Ele poderia ter perdido um braço e que não sentiria nada. Pode até parecer legal, mas devido a isso ele sofria transtorno psicológico, ele recebeu vários apelidos insultantes em curto espaço de tempo quando ele frequentava o primário, antes dele ser transferido para a um centro de tratamento devido a sua síndrome de Tourette, que levava ele a ter tique nervosos de maneira que ele não podia controlar. Ele iria acabar quebrando seu próprio pescoço se continuasse se contorcendo incontrolavelmente com esses tique nervosos. As crianças que o provocavam chamando ele de Tique-Toby zombando dos seus espasmos exagerados. Então ele também começou a ter aulas particulares. Era muito difícil para ele estar em um ambiente de aprendizagem normal com crianças o perturbando.
Toby olhou fixamente para fora da janela do carro, seu rosto estava inexpressivo. Toby Rogers era o nome do menino. E a última vez Toby se lembrava de ter andado de carro, foi quando aconteceu um acidente horrível.
Ele não se lembra de muita coisa. Inconscientemente as mesmas cenas se repetiam na sua mente antes de desmaiar outra vez. Toby tinha sido o sortudo, enquanto sua irmã, ela não teve tanta sorte. Quando ele começou a pensar em sua irmã mais velha, e que ele não podia voltar no tempo para ajudá-la, seus olhos começam a lacrimejar. As memórias horríveis repetiam em sua mente. As memórias dele abrindo seus olhos e vendo sua irmã gritando de dor, seu corpo meio esmagada pelo carro, Toby estava pressionado contra o Air Bag do carro, sua testa perfurada de cacos de vidros e suas pernas e quadris imóveis. Esta foi a última coisa que ele se lembrava de sua irmã mais velha querida.
O caminho para casa continuou parecendo durar uma eternidade. A viagem estava demorando por que sua mãe estava fazendo um caminho diferente para evitar passar na estrada onde aconteceu aquele acidente.
Finalmente o carro chegou no bairro de sua casa, e ambos estavam mais do que pronto para sair do carro e voltar para sua própria casa.
Era um bairro mais antigo, com casinhas pitorescas, todas próximas umas das outras. O carro passou em frente a uma pequena casa azul, com vidros das janelas brancas. Ambos rapidamente reconheceram o veículo velho que estava estacionado na frente daquela casa, também reconheceram o homem que estava parado na porta.
Toby sentiu raiva e frustração automática ao reconhecer seu pai. Seu pai, que não estava nos momentos que ele mais precisava.
Sua mãe estacionou o carro na garagem ao lado da casa, ela desligou o motor e se preparava para sair do carro e enfrentar o marido.
- Por que ele está aqui? - Toby disse calmamente enquanto ele olhava para sua mãe, que chegou a abrir a porta do carro.
- Ele é seu pai Toby, ele está aqui porque quer te ver - Sua mãe respondeu com uma voz monótona.
- Por que ele quer me ver? Por que ele não foi me ver no hospital? Por que ele não foi ver minha irmã, Lyra antes de morrer - Toby estreitou os olhos para fora da janela.
- Ele estava bêbado naquela noite querido, ele não podia dirigir.
- Ah Sim, ele está sempre bêbado! - Toby abriu a porta antes de sua mãe e saiu cambaleando na calçada, ele entrou na casa ignorando seu pai que estava de cabeça baixa, seu pais estavam com uma expressão triste, se sentindo culpado com o que aconteceu.
Seu pai abriu os braços, esperando um abraço de sua esposa, mas ela também o ignorou, passando reto pra dentro da casa apoiando seu filho para que ele pudesse caminhar sem cambalear. - Connie - o marido começou a dizer com uma voz rouca: "Eu não ganho nenhum abraço de boas-vindas né?"
Ela ignorou as palavras desagradáveis do seu marido e continuo caminhado com seu filho apoiado em seus braços.
- Ei, ele já tem 16 anos ele já sabe andar sozinho, disse o pai, seguindo eles dentro de casa.
- Ele tem 17 anos – Disse sua esposa Connie - Toby, por que não vai para seu quarto descansar um pouco? Quando o jantar estiver pronto eu levo pra você.
- Não, eu já tenho 16 anos e eu posso pegar sozinho mãe - disse Toby, sarcasticamente, olhando revoltado para seu pai, ele subiu as escadas para seu quarto, onde ele bateu a porta com violência.
Seu pequeno quarto não tinha muita coisa nele. Apenas uma pequena cama, uma cômoda, uma janela e nas paredes tinham algumas fotos emolduradas de sua família, quando eles ainda eram uma família, antes que seu pai se tornasse alcoólatra e começasse a agir com violência para o resto de sua família. Toby se lembrou de quando ele estava discutindo com sua mãe e ele agarrou ela pelos cabelos e a empurrou para o chão, e quando sua irmã Lyra tentou segura-lo, ele também empurrou e ela fazendo-a bater as costas para no canto do balcão da cozinha. Toby nunca poderia perdoá-lo pelo que ele fez com sua mãe e irmã. Nunca.
Toby estava perto da janela e olhando para a rua. Ele podia jurar que ele via alguns vultos no canto do olho, mas também pensava que era coisa de sua cabeça depois de ter tomado várias medicações a pouco tempo.
Sua mãe o chamou para descer e jantar, Toby desceu as escadas rapidamente, sentou-se à mesa bem de frente a seu pai, do seu lado esquerdo sua mãe estava sentada e do lado direito uma cadeira vazia a qual antes sua irmã ocupava.
A comida estava servida na mesa, uma maravilhoso banquete, mas Toby se recusou a comer. Ele apenas observava seu pai com um olhar vazio. Ele também encarava Toby e desviava seu olhar para seu prato, que ele ao menos tocou. Então ele se retirou da mesa e voltou para seu quarto.
Toby deitou-se em sua cama, ele puxou as cobertas sobre a cabeça e olhou para janela. Ele estava cansado, mas de maneira alguma ele conseguia dormir. Ele não podia, não havia muito o que pensar. Ele não sabia se deveria fazer como sua mãe e perdoar por suas ações ou continuar guardando rancor com seu ódio fervente.
Ele ouviu o som da porta sendo aberta, sua mãe caminhou para cama dele sentou-se ao lado onde ele estava deitado, ela estendeu a mão e esfregou em suas costas.
- Eu sei que é difícil Toby, mas confie em mim, eu te entendo, mas eu prometo que tudo vai melhorar - disse ela em voz baixa.
- Quando é que ele vai embora? - Toby disse com um tom inocente em sua voz trêmula. Connie abaixou a cabeça e respondeu:
- Eu não sei querido, ele vai ficar conosco, até quando eu não sei.
Toby não respondeu. Ele apenas continuou a olhar para a frente para a parede, segurando seu braço danificado perto de seu peito.
Depois de alguns minutos de silêncio, sua mãe suspirou, inclinou-se para dar um beijo em seu rosto e se levantou, enquanto fechava a porta ela disse
- Boa noite querido.
As horas passavam lentamente, e Toby não conseguia parar se mexer e revirar pela cama. Toda vez que ele estava pegando no sono, ele ouvia o barulho de pneus, os gritos de sua irmã, e ele incontrolavelmente se contorcia na cama de agonia.
Então ele jogou pra fora da cama as cobertas e virou seu rosto para baixo contra o travesseiro. Ele sentia seu peito se enchendo com a força que seu diafragma fazia enquanto ele chorava. Ele ouvia seu próprio choro. Ele pressionou ainda mais seu rosto enquanto gritava lamentando tudo que estava acontecendo.
Após alguns segundos, ele jogou o travesseiro pra fora da cama também e sentou-se, curvado, segurando a cabeça, com lágrimas escorrendo de seus olhos. Ele não conseguia parar de chorar, tentou se acalmar, mas não conseguia parar de tremer, se lamentar e choramingar. Então ele se levantou caminhando para janela do seu quarto, respirando fundo tentando se acalmar.
Ele esfregou os olhos e olhou para os altos pinheiros em frente. De repente ele parou de chorar, quando ele viu que algo que estava sob um poste de luz na rua. Ele ouvia um zumbido nos ouvidos e ele não conseguia desviar o olhar.
A figura estava ao lado do poste de luz na rua, cerca de 2 metros ou até mais, dois braços longos e algumas espécies de tentáculos em suas costas, aquela figura estava olhando para Toby, mesmo que aquilo não tinha olhos. A figura não tinha as características normais em seu rosto. Sem olhos, sem boca, sem nariz, ainda sim Toby ficou meio que hipnotizado olhando sem piscar para ele. O zumbido nos ouvidos ficou mais alto e mais alto a medida que aquela coisa se aproximava, então tudo ficou escuro.
Na manhã seguinte, Toby acordou em sua cama. Ele se sentia estranho, ele ainda estava muito cansado, parecia que ele estava deitado ali, acordado por horas. Ele não tinha pensamentos sólidos fluindo por sua mente. Ele se sentou lentamente e tropeçou contra a parede quando tentou se levantar, ele estava muito tonto. Ele cambaleou até a porta e desceu as escadas. Seus pais estavam sentados à mesa, seu pai prestava atenção na pequena televisão em cima do balcão, e sua mãe lia o jornal. Ela rapidamente percebeu a presença de Toby se aproximando dela.
- Bom dia dorminhoco, pelo jeito você dormiu tarde de novo. – Disse ela com um grande sorriso no rosto.
Toby lentamente olhou para o relógio e percebeu que já eram 12:30
- Eu preparei seu café da manhã, mas como você não acordou cedo, ele já esfriou, eu até ia te acordar, mas vi que você precisava dormir - a expressão de felicidade saiu do seu rosto quando ela perguntou a Toby. - Você está bem?
Toby caminhou até seu pai. Ele se sentiu como se estivesse sendo controlado, ele não tinha controle sobre suas ações. Ele só conseguia olhar, enquanto seu corpo agia involuntariamente. Ele abriu os braços como se fosse abraçar seu pai, mas seu pai ergueu as mãos empurrando ele contra a parede.
- Não me toque menino! - Gritou ele. Sua mãe se levantou e gritou:
- Não encoste no meu filho! Saia dessa casa! A última coisa que precisamos é de você por perto!
O pai dele saiu, mas voltou mais tarde naquele dia, como se nada tivesse acontecido. Os dias se passaram, e as coisas continuaram da mesma forma. Connie passava a maior parte de seu tempo a limpeza da casa, e seu grosseiro marido só resmungava por tudo, todo dia eles discutiam. Era exatamente como costumava ser antes do acidente.
Toby evitava sair do seu quarto. Sentava-se ao lado da cama estremecendo. Só saia de lá quando sua mente o lembrava de comer. Ele ficava andando pelo seu quarto como um animal enjaulado parava um pouco e olhava pela janela. Este ciclo se repetia continuamente. Connie era agredida várias vezes por seu marido, sendo muito submissa a ele, enquanto Toby ficava em seu quarto.
Em uma dessas tardes, Toby teve mas uns de seus tique nervosos, e sem pesar direito ele começou a mastigar suas mãos, rasgando a carne de seus dedos. Ele iria roer suas mãos até sangrarem. Nesse momento sua mãe entrou no quarto e viu essa cena horrível, a primeiro momento ela não sabia o que fazer. Então ela desceu as escadas e pegou o kit de primeiros socorros e enfaixou seu braço. Nesse momento ela prometeu a si mesma que não deixaria ele sozinho novamente.
Então ele se isolou novamente em seu quarto e passou a odiar todas pessoas que tentavam se aproximar dele. Sua memória começou a ser afetada. Ele não se lembrava de coisas que havia acontecido há alguns segundos, minutos, horas, dias e assim por diante. Ele também começou a falar um monte de bobagens, sobre coisas completamente absurdas. Ele dizia ver coisas, disse haver tubarões em sua na pia enquanto lavava os pratos, ouvia grilos em seus travesseiros, e via fantasmas do lado de fora da janela do seu quarto.
Sua mãe ficou muito preocupada com sua saúde mental, ela decidiu que seria bom leva-lo para falar com um profissional sobre o que ele estava sentindo.
Connie e Toby entraram no edifício, segurando sua mão ela guiou seu filho até a recepção.
- Sra. Rogers? - A moça atrás do balcão perguntou.
-
Sim, sou eu - Connie balançou a cabeça - Estamos aqui para ver o doutor Oliver, eu estou aqui com Toby Rogers.
- Sim, por aqui – Disse a atendente levantando-se e acompanhado Connie e Toby para um longo corredor. Toby olhava para a obras de arte emolduradas pelos corredores e em sintonia com o som dos saltos altos da senhora no chão de madeira dura. Ela abriu a porta para uma sala com uma mesa e duas cadeiras.
- Podem se sentar e ficar à vontade, vou chamar a Dr. Oliver - Ela sorriu e segurou a porta aberta.
Toby caminhou na sala e sentou-se à mesa. Ele olhou para sua mãe e para moça do balcão antes dela fechar a porta lentamente.
Ele estava agoniado com suas mãos firmemente enfaixadas, então começou a morder as ataduras para tentar desembrulhar suas mãos, mas foi interrompido quando a porta se abriu e uma jovem mulher com um longo vestido preto e branco, e grandes cabelos loiros, ela segurava uma prancheta e uma caneta.
- Você que é o jovem Toby? – perguntou ela com um sorriso.
Toby olhou para ela e balançou a cabeça.
- Prazer em conhecê-lo Toby, meu nome é Doutora Oliver - ela estendeu a mão para cumprimentá-lo, mas percebeu que suas mãos enfaixadas. Então ela puxou uma cadeira, sentando a frente dele.
- Então, vou te fazer algumas perguntas, pode responder com calma, e da forma mais honesta possível, ok? - Ela colocou a prancheta em cima da mesa e Toby acenou com a cabeça.
- Quantos anos você tem Toby?
- 17 – respondeu ele calmamente.
Ela fez uma pequena anotação na folha e fez a próxima pergunta.
- Qual é seu nome completo?
- Toby Erin Rogers.
- Qual a data do seu aniversário?
- 28 de abril.
- Quem são os membros da sua família atualmente?
Toby parou por um minuto antes de responder a pergunta.
- Minha mãe, meu pai, e ... M- minha irmã.
- Eu soube o que aconteceu com sua irmã ... Eu realmente sinto muito - a expressão do rosto da Dra. Oliver foi entristecendo, olhando Toby cheio de compaixão.
- Você se lembra de algo antes do acidente? - Toby desviou o olhar para sala. Sua mente ficou em branco por um momento. Ele olhou para seu colo, e em torno, ele começou a ouvir um som fraco. Seus olhos se arregalaram e ele ficou congelado em seu lugar.
- Toby, Toby você está ouvindo? – perguntou Dra. Oliver.
Toby sentiu um arrepio descer pela sua espinha quando ele olhou para fora da pequena janela através da porta, onde ele viu. Aquela mesma figura, olhando para ele. Toby arregalou os olhos, os sons dos ruídos foram aumentando cada vez mais, até que o grito da doutora fez que Toby acordasse desse transe.
- Toby! - Ela gritou.
Toby deu um pulo que até ela caiu de sua cadeira.
Doutora Oliver levantou-se, segurando prancheta contra o peito. Seus olhos expressavam um olhar de surpresa e medo.
Após um tempo, Toby se acalmou, seus olhos relaxaram e sua respiração já não era ofegante.
Naquela noite, Toby deitou em sua cama. Seus olhos se fechavam lentamente enquanto ele pegava no sono. Quando ouviu um som de passos vindo do corredor. Ele se sentou na cama, olhando para porta aberta. Não havia luz, tudo estava sendo iluminado pelo brilho azul luminescente da lua através de sua janela, deixando uma iluminação fria. Ele se levantou e caminhou lentamente em direção à porta, quando se aproximou da porta, ela se fechou bruscamente, batendo a porta em seu rosto. Ele suspirou e caiu para trás. Ele caiu no chão e começou a respirar pesadamente, seus olhos estavam bem abertos. Ele esperou por alguns segundos antes de se levantar. Ele estendeu a mão e agarrou a maçaneta da porta fria com a mão ainda enfaixada então abriu a porta. Ele olhou para o corredor escuro e foi caminhando silenciosamente.
A janela no final do corredor iluminou a escuridão com a luz da lua azul. Ele podia ouvir os passos farfalhando ao redor dele, e também ouviu um fraco riso, suava como uma criança tinha corrido na frente dele, rindo e correndo por ali. Ele estava caminhando ha algum tempo pelo corredor, quando ele percebeu. Parecia que aquele corredor não havia fim. Ele ouviu um rangido da porta a sua frente.
- M- mamãe - ele disse em voz trêmula.
De repente, a porta atrás dele se fechou ele deu um pulo assustador se virou onde viu que a porta foi fechada. Atrás dele, ele ouviu um gemido estranho e longo que soava como cochichos do lado direito do seu ouvido. Ele se virou tão rápido quanto pode para ficar cara a cara com nada mais que, sua irmã morta.
Os olhos dela estavam totalmente escuros e sua pele pálida, O lado direito de sua mandíbula estava pendurada no rosto pelo tecido muscular de sua pele, um grande pedaço de vidro estacado em sua testa, e sangue, muito sangue negro escorrendo por seu rosto, seu cabelo loiro amarrado para trás em um rabo de cavalo como sempre foi, ela vestia a mesma roupa que usava no dia do acidente elas estavam manchada de sangue. Ela estava apenas uma polegada de distância do rosto de Toby.
Toby caiu de joelhos no chão e com muito medo começou a engatinhar para trás tentando se afastar dela. Ele arrastou-se para trás até que ele encostou em algo.
Ele parou por um segundo. Tudo estava morto em silêncio, exceto por sua pesada respiração e choro. Ele lentamente olhou para cima para encontrar o rosto branco de uma figura alta que estava em cima dele. Atrás dessa figura alta e escura, havia uma fileira de crianças, crianças de 3 a 10 anos, os olhos delas eram completamente negros e lacrimejavam sangue.
Ele gritou, se levantou tão rápido e começou a correr, mas caiu de joelho quando uma espécie de tentáculos enrolou por seu tornozelo. Caído no chão ele tentava gritar para expressar o seu medo, mas não saia um som de sua boca, ele não conseguia gritar.
Toby acordou desesperado. Ele começou a se acalmar quando percebeu que era apenas um pesadelo. Ele colocou a mão no próprio peito sentindo seu coração.
- Foi apenas um sonho .... Apenas um sonho.
Ele se acalmou e voltou a deitar na cama. Era como se um peso enorme estivesse em sua consciência. Ele se levantou e caminhou até sua janela. Ele não viu nada. Ninguém estava lá fora. Nada nem ninguém.
Ele ouviu o farfalhar e a tosse de seu pai para fora da porta. Sua porta estava fechada.
Ele se aproximou e abriu-a. Olhando para o corredor mais uma vez. Ele caminhou pelo corredor e entrou na cozinha, onde ele encontrou seu pai em pé e fumando um cigarro em sua sala de estar.
Toby esperou um segundo e observou de todo o canto antes de uma sensação de queimação começar a agir fundo de seu peito.
Ódio, queimação e raiva tomou conta dele. Ele ouviu as pequenas vozes imaginárias em sua cabeça.
"Acabe com isso, acabe com isso, acabe com isso ". Ele se virou e segurou seus braços. Ele sentiu como se ele realmente tinha o controle sobre si mesmo, ao contrário do que fez nas últimas semanas desde que ele chegou em casa do hospital.
Na verdade, ele tinha pensamentos claros por apenas alguns momentos antes de sua mente for obscurecida pelas pequenas vozes em sua cabeça.
"Mate ele, ele não estava lá, ele não estava lá, mate ele, mate ele", as vozes continuaram. Toby tremeu. Não. Não, ele não ia fazer isso. Eles estava ficando louco? Não. Ele não vai matar ninguém. Ele não pode. Ele odiava seu pai, mas não odiava a ponto de matá-lo.
A influência das vozes em sua cabeça era demais. Ele começou a caminhar em silêncio atrás de seu pai. Ele estendeu a mão sobre o balcão e pegou a maior faca que estava lá. Ele firme na mão. Ele sentiu a sensação de assumir o seu peito. Ele soltou uma risadinha. "Hehe ... heheh ... hehehehehe ! HAHAHAHA!", Ele começou a rir tanto que que chamou a atenção do seu pai. Ele se virou abruptamente antes que dele sentir uma força bruta empurrá-lo para o chão. Ele grunhiu quando ele foi nocauteado. "O quê!". Ele olhou para o menino que estava em cima dele, agarrando a faca de cozinha na mão. "Toby o que você está fazendo!", Toby foi pegar em seu pescoço, mas seu pai estendeu a mão bloqueado a mão agarrando ele pelo pulso.
- Pare! Saia de mim seu filho da mãe - Ele gritou, e com a outra mão ele jogou um soco para fora do centro do ombro de Toby, mas ele não parou. O olhar nos olhos de Toby não era sensato. Era como se um demônio tinha tomado o controle sobre ele.
Ele gritou de volta e tentou dar uma facada a facada no peito de seu pai, mas novamente foi bloqueado. Seu pai tentava tira-lo de cima dele, mas Toby expôs seus pés na frente dele e conseguiu um duro golpe direto para o seu rosto. Seu pai recuou e puxou seus braços para longe para algemar seu rosto, mas Toby voltou-se e dirigiu a faca diretamente em seu ombro. Seu pai soltou um grande grito e saiu para puxar a faca, mas antes que ele pudesse, Toby jogou seu punho em linha reta em seu rosto.
Ele começou a bater com os punhos em sua cabeça, rindo e respiração ofegante. Ele quebrou o pescoço, pegou a faca e começou a rasgar seu pai arrastando a faca do ombro ao peito e repetidamente esfaqueado em seu torso, o sangue derramando e se espalhado por toda parte. Ele não parou até que o corpo de seu pai parasse de se contorcer.
Ele jogou a faca para o lado e se inclinou sobre seu corpo, tossiu e respiração ofegante. Ele olhou para o seu rosto, até que um grito alto quebrou o silêncio. Ele olhou para ver sua mãe em pé a poucos metros de distância, cobrindo a boca, lágrimas escorrendo de seus olhos.
Toby esperou um segundo e observou de todo o canto antes de uma sensação de queimação começar a agir fundo de seu peito.
Ódio, queimação e raiva tomou conta dele. Ele ouviu as pequenas vozes imaginárias em sua cabeça.
"Acabe com isso, acabe com isso, acabe com isso ". Ele se virou e segurou seus braços. Ele sentiu como se ele realmente tinha o controle sobre si mesmo, ao contrário do que fez nas últimas semanas desde que ele chegou em casa do hospital.
Na verdade, ele tinha pensamentos claros por apenas alguns momentos antes de sua mente for obscurecida pelas pequenas vozes em sua cabeça.
"Mate ele, ele não estava lá, ele não estava lá, mate ele, mate ele", as vozes continuaram. Toby tremeu. Não. Não, ele não ia fazer isso. Eles estava ficando louco? Não. Ele não vai matar ninguém. Ele não pode. Ele odiava seu pai, mas não odiava a ponto de matá-lo.
A influência das vozes em sua cabeça era demais. Ele começou a caminhar em silêncio atrás de seu pai. Ele estendeu a mão sobre o balcão e pegou a maior faca que estava lá. Ele firme na mão. Ele sentiu a sensação de assumir o seu peito. Ele soltou uma risadinha. "Hehe ... heheh ... hehehehehe ! HAHAHAHA!", Ele começou a rir tanto que que chamou a atenção do seu pai. Ele se virou abruptamente antes que dele sentir uma força bruta empurrá-lo para o chão. Ele grunhiu quando ele foi nocauteado. "O quê!". Ele olhou para o menino que estava em cima dele, agarrando a faca de cozinha na mão. "Toby o que você está fazendo!", Toby foi pegar em seu pescoço, mas seu pai estendeu a mão bloqueado a mão agarrando ele pelo pulso.
- Pare! Saia de mim seu filho da mãe - Ele gritou, e com a outra mão ele jogou um soco para fora do centro do ombro de Toby, mas ele não parou. O olhar nos olhos de Toby não era sensato. Era como se um demônio tinha tomado o controle sobre ele.
Ele gritou de volta e tentou dar uma facada a facada no peito de seu pai, mas novamente foi bloqueado. Seu pai tentava tira-lo de cima dele, mas Toby expôs seus pés na frente dele e conseguiu um duro golpe direto para o seu rosto. Seu pai recuou e puxou seus braços para longe para algemar seu rosto, mas Toby voltou-se e dirigiu a faca diretamente em seu ombro. Seu pai soltou um grande grito e saiu para puxar a faca, mas antes que ele pudesse, Toby jogou seu punho em linha reta em seu rosto.
Ele começou a bater com os punhos em sua cabeça, rindo e respiração ofegante. Ele quebrou o pescoço, pegou a faca e começou a rasgar seu pai arrastando a faca do ombro ao peito e repetidamente esfaqueado em seu torso, o sangue derramando e se espalhado por toda parte. Ele não parou até que o corpo de seu pai parasse de se contorcer.
Ele jogou a faca para o lado e se inclinou sobre seu corpo, tossiu e respiração ofegante. Ele olhou para o seu rosto, até que um grito alto quebrou o silêncio. Ele olhou para ver sua mãe em pé a poucos metros de distância, cobrindo a boca, lágrimas escorrendo de seus olhos.
- Toby - ela gritou - Por que você fez isso? porquê! Toby se levantou e começou a se afastar de cadáver ensanguentado de seu pai. Ele começou a se voltar para fora da cozinha. Ele olhou para as bandagens encharcadas de sangue em suas mãos e olhou para sua mãe uma última vez antes de ele se virar e correr para fora da casa.
Ele correu para garagem e bateu a mão contra o painel de controle na parede e apertou o botão para abrir a porta da garagem. Antes ele pegou dois pequenos machados do seu pai, que tinha sido pendurado na prateleira ferramenta acima de uma mesa cheia de frascos, cheio até a borda com velhos pregos enferrujados e parafusos. Um dos machados era novo, tinha uma alça laranja brilhante e uma lâmina brilhante, o outro era velho com um cabo de madeira e uma lâmina cega.
Ele correu para garagem e bateu a mão contra o painel de controle na parede e apertou o botão para abrir a porta da garagem. Antes ele pegou dois pequenos machados do seu pai, que tinha sido pendurado na prateleira ferramenta acima de uma mesa cheia de frascos, cheio até a borda com velhos pregos enferrujados e parafusos. Um dos machados era novo, tinha uma alça laranja brilhante e uma lâmina brilhante, o outro era velho com um cabo de madeira e uma lâmina cega.
Ele agarrou os dois e olhou para a mesa e seus olhos encontraram uma caixa de fósforos e debaixo da mesa era um tanque de gasolina vermelho. Ele segurou ambos os machados em uma mão e fez uma trilha de gasolina do tanque até a calçada da rua.
Ao aproximar-se da luz da rua que ele podia ver a sua própria janela do quarto, ouviu as sirenes da polícia para longe. Ele virou-se e as luzes vermelhas e azuis veio correndo pela rua. Toby ficou parado por um segundo, antes que ele abriu a tampa do tanque de gasolina e correu pela rua, derramando gasolina por toda a rua atrás dele e ele se virou para correr para as árvores. Ele derramou a última gota de gasolina enfiou a mão no bolso e tirou um fósforo. Ele bateu contra o caixa e imediatamente deixou cair. Em um instante, as chamas irrompeu em torno dele. O fogo pegou para as árvores e arbustos ao redor dele e antes que ele percebesse, ele também foi cercado pelo fogo. As silhuetas de carros de polícia, era visível através das chamas quando ele recuou para a floresta ao seu redor. Ele olhou ao redor, mas sua visão estava turva, seu coração estava batendo mais forte e ele fechou os olhos por um momento. Era isso. Este foi o fim.
Toby sentiu uma mão em seu ombro. Ele abriu os olhos e olhou para ver uma grande mão branca, com longos dedos ósseos que descansava em seu ombro. Ele seguiu o braço que foi anexado à mão para um vulto escuro imponente. Ele parecia estar vestindo um terno preto escuro, e do rosto estava completamente em branco. Ele elevou-se sobre o corpo pequeno de Toby e olhou para ele. Toby já sabia que era seu fim, ele foi ensurdecido e cercado pelo som de zumbido nos ouvidos. Tudo ficou em branco.
Era isso. Esse foi o fim. E foi assim que Toby Rogers morreu.
Ao aproximar-se da luz da rua que ele podia ver a sua própria janela do quarto, ouviu as sirenes da polícia para longe. Ele virou-se e as luzes vermelhas e azuis veio correndo pela rua. Toby ficou parado por um segundo, antes que ele abriu a tampa do tanque de gasolina e correu pela rua, derramando gasolina por toda a rua atrás dele e ele se virou para correr para as árvores. Ele derramou a última gota de gasolina enfiou a mão no bolso e tirou um fósforo. Ele bateu contra o caixa e imediatamente deixou cair. Em um instante, as chamas irrompeu em torno dele. O fogo pegou para as árvores e arbustos ao redor dele e antes que ele percebesse, ele também foi cercado pelo fogo. As silhuetas de carros de polícia, era visível através das chamas quando ele recuou para a floresta ao seu redor. Ele olhou ao redor, mas sua visão estava turva, seu coração estava batendo mais forte e ele fechou os olhos por um momento. Era isso. Este foi o fim.
Toby sentiu uma mão em seu ombro. Ele abriu os olhos e olhou para ver uma grande mão branca, com longos dedos ósseos que descansava em seu ombro. Ele seguiu o braço que foi anexado à mão para um vulto escuro imponente. Ele parecia estar vestindo um terno preto escuro, e do rosto estava completamente em branco. Ele elevou-se sobre o corpo pequeno de Toby e olhou para ele. Toby já sabia que era seu fim, ele foi ensurdecido e cercado pelo som de zumbido nos ouvidos. Tudo ficou em branco.
Era isso. Esse foi o fim. E foi assim que Toby Rogers morreu.
Poucas semanas depois, Connie sentou-se na cozinha de sua irmã. A irmã dela, Lori sentou ao lado dela para beber uma xícara de café.
Cerca de três semanas atrás, Connie perdeu seu marido e seu filho e algumas semanas antes, ela perdeu a filha a um acidente de carro. Desde então, ela foi morar com a irmã. A polícia manteve ela sob vigilância até que tinham acabado de solucionar o caso sobre a história tinha sido lançado há duas semanas e as pessoas começaram a deixar de lado a notícia do assassinato e incêndio e se preocupavam com os novos casos.
Lori ligou o TV no canal de noticiário. Na TV o repórter começou a introduzir o novo título.
Temos notícias de última hora! Ontem à noite, houve um assassinato relatado por 4 indivíduos. Não há suspeitos ainda, mas as vítimas eram um grupo de crianças da escola secundária que estavam na floresta na noite passada. As crianças tinham sido "espancadas" e esfaqueado até a morte. Os pesquisadores descobriram uma arma na cena do crime que parece ser um velho machado de lâmina maçante, como você pode ver aqui. O retratado alterado para mostrar tiros snap da arma exatamente como ele foi deixado na cena do crime.
Os investigadores tinha puxado o nome de um possível suspeito, Toby Rogers, um menino de 17 anos que há algumas semanas tinha esfaqueado o pai até a morte e tentou encobrir sua fuga através da criação de um incêndio nas ruas e na área de floresta ao redor do bairro. Apesar de terem acreditado o menino tinha morrido no incêndio, os investigadores suspeitam que Rogers ainda pode estar vivo, devido ao fato de que seu corpo nunca foi encontrado.
Vão pela sombra, Equipe Eutanásia.
Cerca de três semanas atrás, Connie perdeu seu marido e seu filho e algumas semanas antes, ela perdeu a filha a um acidente de carro. Desde então, ela foi morar com a irmã. A polícia manteve ela sob vigilância até que tinham acabado de solucionar o caso sobre a história tinha sido lançado há duas semanas e as pessoas começaram a deixar de lado a notícia do assassinato e incêndio e se preocupavam com os novos casos.
Lori ligou o TV no canal de noticiário. Na TV o repórter começou a introduzir o novo título.
Temos notícias de última hora! Ontem à noite, houve um assassinato relatado por 4 indivíduos. Não há suspeitos ainda, mas as vítimas eram um grupo de crianças da escola secundária que estavam na floresta na noite passada. As crianças tinham sido "espancadas" e esfaqueado até a morte. Os pesquisadores descobriram uma arma na cena do crime que parece ser um velho machado de lâmina maçante, como você pode ver aqui. O retratado alterado para mostrar tiros snap da arma exatamente como ele foi deixado na cena do crime.
Os investigadores tinha puxado o nome de um possível suspeito, Toby Rogers, um menino de 17 anos que há algumas semanas tinha esfaqueado o pai até a morte e tentou encobrir sua fuga através da criação de um incêndio nas ruas e na área de floresta ao redor do bairro. Apesar de terem acreditado o menino tinha morrido no incêndio, os investigadores suspeitam que Rogers ainda pode estar vivo, devido ao fato de que seu corpo nunca foi encontrado.
Vão pela sombra, Equipe Eutanásia.
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