Zinho e Zão as siamesas de Manaus

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Zinho e Zão eram duas irmãs gêmeas siamesas, elas haviam nascido grudadas pela a barriga e coluna, compartilhando as pernas. Contrariando todas as previsões dos médicos, as duas chegaram aos cinco anos sem nenhuma dificuldade, vindo de uma família muito tradicional dos Vieira de Souza, as meninas foram criadas com muito amor e carinho, o que tornou elas gentis, adoráveis e muito prestativas. 


Elas moravam no bairro de São Raimundo do Quiproquó, em Manaus, e a cidade já havia se acostumado com elas, toda a cidade as adoravam, todos, menos a velha Vapa, uma senhora de idade muito avançada que não havia tido filhos ou marido, ranzinza de tudo, eram poucos aqueles que trocavam algumas palavras com ela, as únicas coisas que conversavam com ela eram seus animais.  

Ela achava que as meninas eram uma afronta a todos os seres humanos, e por conta disto no dia 12 de outubro, a velha teve uma ideia diabólica, dar um sumiço nas garotas.  Sabendo que as duas crianças eram ingênuas e adoravam o pato amarelo que esse ser abominável criava, o que ela fez: Escondeu o pato amarelo entre o vão do barraco com o chão, como havia alguns entulhos o bicho havia ficado bem escondido.  De lá, ela viu as menininhas na rua brincando inocentemente com uma boneca de pano e resolveu chamar as duas dizendo que o patinho amarelo dela havia sumido; e fez uma proposta: Se o pato amarelo aparecesse, ela ia dar a cada uma delas um pirulito de uva, doce favorito das meninas.

As garotas então se colocaram à procura do pato que a velha havia escondido, passaram primeiros por algumas casas mais próximas ao barraco da velha. “Você não viu o patinho da meié? ”, elas diziam de porta em porta, e assim foram pela rua inteira, quando elas já haviam se dado por vencidas resolveram retornar para o barraco da velha Vapa só para dizer que não encontraram o bicho. 

Então Zão, viu de relance o pato embaixo da casa e foram avisar a senhora. Ela fez que não entendeu, agradeceu o tempo que as meninas haviam procurado o bicho e fingindo de agradecida, convidou as duas para entrar na sua casa para que pudesse lhe entregar o pirulito, as duas toparam na hora, e assim que entraram no barraco escuro da senhora, paradas no meio da “sala”, levaram uma cacetada na cabeça de Zinho e no momento que Zão iria gritar, mais uma cacetada a velha deu. 

Vapa, quando olhou as gêmeas jogadas no chão, se desesperou, pensou melhor na idiotice que havia feito e em um momento de total descontrole resolveu dar um sumiço nas duas. Cortou parte das pernas e fez com molho para comer, durou vários dias. O restante do corpo a velha não consegui aproveitar muito bem, dizem que ela cortou alguns pedações de carne para dar aos animais que ela criava. 

O sumiço das garotas alertou a cidade inteira, e as buscas foram incessantes durante os quatro primeiros dias, depois de duas semanas, alguns vizinhos reclamaram às autoridades que os animais de Vapa estavam soltos e com fome, ao tentarem conversar com a velha, descobriram os dois cadáveres, uma das meninas siamesas, todo dilacerado e em pedaços. O outro, a velha com o um semblante de cansaço, dizem que ela morreu por se esforçar demais para separar as meninas.  

Hoje a lenda é conhecida em toda a Manaus, serve para alertar o porquê de não aceitar doces de estranho, alguns afirmam que as duas aparecem de vez em quando no dia 12 de outubro, ainda procurando o patinho perdido. 

Então, vocês viram o patinho da meié?


Vão pela sombra, Equipe Eutanásia.  

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