O ar está ficando úmido novamente. Olho para o céu ligeiramente salpicado de nuvens enegrecidas e espero pela chuva. Talvez a torrente de agua vindoura seja capaz de limpar a podridão que toma conta desse lugar nefasto. A velha sensação de impotência e o resquício de esperança que abraça meu coração despedaçado me alerta para que eu diminua as expectativas. O desejo de mudar, às vezes, afeta severamente nosso julgamento e nos trás o dissabor da decepção. Essa sensação de queda simbólica que enterra o espirito e faz morrer a vontade já me é bastante familiar. Nada ao meu redor resistiu à agrura do destino.